domingo, julho 13, 2008

Desorganização prejudica Meia-Maratona de Campinas

Pelo menos a medalha foi caprichada!



Em uma fria manhã de domingo, rumei para Joaquim Egídio para mais uma corrida, mais uma meia-maratona para o currículo. Tão logo cheguei e o sol logo deu as caras, tornando o local um lindo palco para uma prova de fundo. A largada foi no horário e, a partir dela, milhares de corredores travariam a batalha frente aos 21000 tortuosos metros do distrito de Campinas.

Ok, até aqui, descrevo o que parece uma corrida ideal sem percalços. Corri bem, fiz uma média de 4 minutos e 34 segundos por quilômetro, atingindo meu novo recorde pessoal nas pistas campineiras do distrito de Campinas: 1 hora, 31 minutos e 20 segundos.

Porém, diversas coisas nessa prova me desapontaram, me estressaram e praticamente tiraram o brilho de uma prova ideal, como aconteceu na Meia-Maratona do Rio de Janeiro, que corri ano passado. E todas essas coisas foram devidas à organização.

Discorro aqui a lista de críticas:

1) A entrega do kit do corredor seria feita um dia antes da prova, no Sábado, 12 de julho. Primeiro problema, no email recebido (ponto positivo), era informado “ Shopping Jaraguá Conceição”. Ora, que mal seria se o endereço do lugar estivesse descrito logo abaixo? Acabei rumando erroneamente para o Shopping Jaraguá BRASIL. E isso quase na hora do término da entrega.

2) Corrigi meu caminho e chegar no Jaraguá CONCEIÇÃO, minha surpresa! Ao pegar o kit do corredor, obrigam-me a escolher entre uma camiseta tamanho M ou baby-look! Como ainda não utilizo tal modelito feminino, questionei a bonita atendente do porquê então da necessidade da pergunta “Qual o tamanho da camiseta?” no site da inscrição para a prova. Se eu não vou ter a camiseta do tamanho que eu quero (no caso, P), de que adianta esse preenchimento?

3) Mas o mais ridículo ainda estava por vir. Após a discussão do kit, pergunto se o chip de cronometragem está dentro da sacola. E não é que a moça me fala que ele só será entregue no domingo, minutos antes da prova? “Meu Deus, para que então vim até aqui pegar o kit, se nele não vem o chip? Isso é ilógico”, digo à ela. Todas as centenas de chips estavam estacionados sobre a mesa, provavelmente com seus donos já longe após receberem a mesma informação.

Imagino, porém, que a moça percebeu o nível de descontentamento profundo que eu estava e, contra o sistema imposto a ela, me entregou o chip. Ainda bem, pois até aqui tudo estava errado, e desse jeito eu já começaria mal a prova.

4) Uma vez nela, esquematizei minha corrida para: 10K água + gel energético/ 15K água + gel, além de copinhos d’água esporádicos. Mas logo no 1o posto de re-hidratação, não sabiam me informar dali a quanto seria o próximo. Para quem planeja algo e não sabe o que irá acontecer, a frustração toma conta de mim. Mas no quilômetro 8 resolvo isso ao conduzir um copo de água por mais 1km, para me aproximar do plano de corrida estipulado.

5) Por fim algo que, como futuro jornalista, sinto a necessidade de fazer: o registro do evento. Apesar da grande e completa equipe da TVB cobrindo a largada e chegada, não vi fotógrafos ao longo da prova. Não se registrou nenhum sorriso, nenhuma cara de dor, nenhum suspiro de esforço ou superação. O registro da chegada só marca o fim de um tortuoso caminho de treino e capacidade. Uma pena que cada instante dos 21K não foram captados por lentes profissionais.

Enfim, pontos bons, pontos ruins. Se ligarmos o don’t worry, be happy, a prova foi tranqüila para mim, ainda mais com a conquista de um novo recorde. Se desligarmos o mesmo botão, sinto-me obrigado a criticar tamanha ineficiência para lidar com uma prova que de infra-estrutura pouco se exige e que, com um patrocinador de peso, dever-se-ia pensar mais na qualidade da prova.

11a Meia-Maratona Listel de Campinas 2008

Dificuldade: 8
Diversão: 8
Organização: 3

Até a próxima!


LARCF

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