terça-feira, maio 13, 2008

O PEQUENO SEREIO

Mergulhador se prepara para seu checkout

Ah, o trabalho! Ação do ser humano que move bilhões diariamente de um canto para outro.
Há duas semanas atrás tive o privilégio de trabalhar da forma que mais gosto: viajando! Mas não somente uma simples viagem. Participei de duas aventuras incríveis, emocionantes, inesquecíveis. Sem mais tardar, vou descrevê-las agora.


Relax durante a viagem

Acordei às 4 da manhã para iniciar minha faina (gíria de mergulhador). Já estava no Guarujá (tinha descido um dia antes), e tinha perdido a agitada aula do Zanotti de segunda à noite.
Parti rumo à Santos. 


Balsa Guarujá-Santos

Atravessei a balsa (com poucos carros, mas com um número significativo de ciclistas) e procurei a “ponte dos ...” para encontrar o Eduardo (gerente da Diver’s University, de mergulhos técnicos). Não encontrei, já que ela não existia. O nome era um apelido dado para essa ponte, com vidros, que só depois de uma conversa com uma bonita e amigável garota de Assis (que estava lá para aulas de caiaque, corajosa!). Encontrei o Edu com sua galera, mais turma de futuros mergulhadores técnicos.




Instruções e preparação dos equipamentos


Embarcamos e navegamos no frio para 20 minutos mar adentro. Ancoramos em uma “península” e os mergulhadores começaram a trabalhar, de imediato. Jogaram os canos em que iriam trabalhar: aparafusar outra parte no cano, e depois flutuá-lo com um balão específico. Ralação das brabas.


Início dos mergulhos


Eduardo me instruía: “ você vai descer no 4o mergulho deles, pois a água estará mais clara”. Hahahaha. Quem dera. Quando eu caí na água, só não estava pior do que mergulhar de cabeça no Rio Negro, em Manaus, no Amazonas. Nunca vi uma água tão turva. Visibilidade: 1 PALMO!



Visibilidade: um palmo

Os ventos estavam fortes, a água começou a ficar muito agitada. Eu tentava registrar tudo com a caixa estanque...mas olha so o que saía...

Após o 6o mergulho do grupo, devido às condições desfavoráveis do tempo, o checkout do resto da turma foi adiado para o dia seguinte. Mas para não perderem a viagem, uma pequena natação de 800 metros, para esquentar (eu queria ter ido, mas um dos aspirantes à mergulhador pediu emprestado minha máscara). Todos partiram, de sunga e nadadeiras. Alguns voltaram pois estavam mareados.
Com o clima fechado e a pauta cumprida (com fotos e entrevistas com dois bombeiros do grupo), eu precisava voltar para a aula do Cheida (já perigo de faltas graças à Alemanha). Mas os céus seguraram a tempestade, e só soltaram-na quando eu já estava em Campinas. Fiz Santos-Campinas em apenas 3 horas. Um recorde que me rendeu uma multa em Cubatão por excesso de velocidade (acreditem, tem um radar que exige 50km/h!!!!).
Vivenciei como é dura e perigosa a vida de um mergulhador profissional. Acho que o Saiba + (jornal laboratório dos estudantes de jornalismo da PUC Campinas) terá uma excelente história para a próxima edição (modéstia a parte). Não perca!

E a seguir, Indiana Luis na terra Bonita. Um feriado de muito trabalho, frio, mas muita diversão!
Viagem à Bonito! Até a próxima!

LARCF