segunda-feira, agosto 14, 2006

Copa do Mundo 2006 - 7a parte

Quarta, 14 de junho

00:40

Partimos em direção a Colônia novamente. Eu, acabado da excursão, só pensava em dormir um pouco no trem para chegar mais tranquilo e descansar realmente no hotel.
Desta vez, fiquei a diversos vagões de distancia da amaldiçoada corneta a ar. E onde sentei, conversei com algums rapazes brasileiros de uma empresa de produtos alimentícios. Eu reclamei um pouco do meu azar em larga escala, desde o ingresso incorreto até meus ouvidos que não paravam de zunir. Mas conforme a conversa fluia, percebi o quão interessante a viagem deles estava sendo. Os três estavam conhecendo Colônia da melhor maneira possível, ou seja, vivendo praticamente como conterrâneos. Eles fazem amizade com diversas pessoas da cidade, e experimentam coisas que turistas raramente conseguem ver em uma cidade que visitam. Ao entrar em contato com os habitantes, eles passam a entender melhor a cidade, sua organização e seu modo de vida. Dentre as diversas histórias que me contaram, lembro-me de uma onde eles entraram, a convite dos padres, em uma festa da Igreja dos 12 Apóstolos, e beberam junto com os sacerdotes a cerveja local Kolsh. Eles adquiriam alguns hábitos dos habitantes daqui, e descobriram que este modo é o melhor para você conhecer as pessoas e con-versar sobre tudo, absorvendo um conhecimento que foto nenhuma pode trazer.

06:00

Viemos de Berlim até Colônia sem dormir, de tão gostoso que era o bate-papo. Porém, ao chegarmos, foi só comermos alguma coisinha e depois cama. Até uma da tarde.

13:06

Hoje o dia foi muito produtivo. Encontrei uma bicicleta que estava procurando (afinal, aqui é a cidade das bicicletas, tem ciclista para todo lado). Pegamos um táxi para procurar a magrela, e o motorista era polonês, e não falava inglês. Toca a gente se desdobrar no alemão para conseguir chegarmos aonde queríamos. Apesar de que o carrinho dele, um Mercedez - Benz classe C, com um computador de bor-do que indicava o caminho. Assim fica fácil nâo? Só que o mais emocionante momento ocorreu a noi-te. Fomos novamente a Casa Placar para ver os jogo da Alemanha contra a Polônia. Admito que estava até torcendo para a Alemanha, mas com 90 minutos de jogo e zero a zero, estava muito satisfeito com o resultado do jogo. E não é que o alemão marca um gol aos 47 do segundo tempo? O primeiro time a se classificar para as eliminatórias da copa é o da casa. Todos ficaram em festa.
Comecei a conversar com uma senhora sobre o jogo, e ela logo disse que o marido dela era um que narrava o jogo na Casa Placar. Depois de errar duas vezes sobre quem era (pois 3 pessoas narravam), ela me falou que o marido dela era ninguém mais que CARLOS ALBERTO TORRES, o capitão do tricampeonato brasileiro, em 1970. Fiquei pasmo, e eu e meu pai ansiosamente esperamos ele se apro-ximar de sua mulher, para registrar o momento inesquecível. E tudo isso ocorreu, além de sorte, por causa de boa vontade, pois só conseguimos entrar hoje, sendo que o evento era fechado para convida-dos, já que no primeiro dia da Casa consegui arranjar alguns adaptadores para as tomadas alemãs. Sor-te e boa vontade, juntas para altas emoções.

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